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Siqueira afirma que dívida pública precisa ser discutida


(Imagem: Reprodução)


No sétimo debate da Autorreforma, promovido na noite desta quarta-feira (5) de forma virtual pelo PSB e pelo Instituto Pensar e o Socialismo Criativo, o tema de discussão foi “A Revolução Brasileira no Século XXI e a Financeirização e Subordinação da Economia Nacional”.


Participaram da discussão o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, o mestre em Ciência Política pela Universidade de Brasília (UnB) e filiado ao PSB, Hermes Zaneti, o presidente do Instituto Pensar, Domingos Leonelli, e a coordenadora da Região Sudeste da JSB Nacional, Juliene Silva. A mediação foi feita por James Lewis.

Em sua fala, Siqueira afirmou que a questão da financeirização e da dívida pública não diz respeito apenas ao Brasil, mas também ao cenário político internacional e que, no país, é como se isso não fosse um problema. Ele destaca que isso é um tema de soberania nacional e, por isso, precisa ser discutido amplamente, mas que infelizmente é ignorado na política.

“Não é assunto no Congresso Nacional, nem dos comentaristas de política ou de economia nos meios de comunicação e também não é nos partidos políticos nem de esquerda nem de direita. Se não adotarmos providências, a situação será muito mais dramática do que já é para o nosso país e internacionalmente”, disse.

O socialista afirma que o Brasil “está de mãos atadas” porque tem uma carga de tributos alta, semelhante a qualquer país rico do mundo, arrecada trilhões de reais por ano e, no entanto, não tem recursos para fazer investimentos. “Quando se olha o orçamento da União, os recursos para investimentos são minúsculos e isso é vergonhoso para um país do tamanho do Brasil”, disse.

Siqueira criticou o contingenciamento de recursos públicos para o pagamento do serviço da dívida e as reformas ultraliberais feitas nos últimos anos e também defendidas pelo atual governo. Para ele, as reformas só servem para destruir os direitos sociais, diminuir o tamanho do Estado e, assim, sobrar dinheiro para pagar o serviço da dívida.

“A Reforma Trabalhista era pra criar milhões de empregos, mas não criou nenhum, ao contrário, gerou 4 milhões de desempregados. A da Previdência tinha a justificaiva de atrair grandes investimentos e ter uma retomada da economia, e não aconteceu. E agora vêm as Reformas Administrativa e a Tributária. Todas elas prometem coisas que nunca entregaram, acontece sempre o inverso”.

Por fim, o presidente do PSB defendeu que essa não deve ser uma luta de apenas um partido, mas que toda a sociedade precisa tomar conhecimento do problema da financeirização e da dívida pública para que o país sai desta situação.

“É importante que o debate surja dentro do partido, é preciso que a sociedade brasileira tenha conhecimento dessa drenagem dos recursos financeiros para o sistema nacional e internacional. Essa é um engrenagem perigosa e danosa para a sociedade e é preciso que os partidos saibam a complexidade política de enfrentar essa situação”, completou.

Dívida paga pelo povo

O cientista político Hermes Zaneti destacou que a dívida pública atual é de mais de R$ 7 trilhões e que o país paga cerca de R$ 2 bilhões por dia de juros sobre isso. Ele defendeu que seja feita uma auditoria dos valores e criticou o não enfrentamento da dívida pública pelo governo atual.

Segundo Zaneti, a principal vítima de todo o problema de financeirização e da dívida pública é o povo brasileiro.

“O povo acha que a dívida pública é um problema do governo. O povo não tem consciência que a Dona Maria e o Seu José que estão pagando a conta, porque não tem dinheiro pra saúde, pra educação, pra segurança, pro emprego. Por isso, a dívida precisa ser enfrentada. A esfera pública precisa discutir a dívida, os cidadãos precisam também entrar no debate e o PSB tem autoridade moral, tem história, princípios e ideologia para liderar essa visão de mundo”, defendeu.

Assista a íntegra do debate:



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