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PSB formaliza indicação de Alckmin como vice-presidente na chapa de Lula


Foto: Paula Zwicker

A Direção Nacional do PSB apresentou oficialmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice-presidente em uma chapa presidencial com Luiz Inácio Lula da Silva, do PT. A indicação foi feita nesta sexta-feira (8), durante uma reunião em São Paulo, que reuniu lideranças socialistas e petistas.

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, classificou o momento que o país vive como “excepcional”, graças a uma crise, sobretudo política, que deu origem a crises sociais e econômicas. Ele entregou a Lula e a Gleisi uma carta para formalizar a indicação.

“O presidente Lula reúne, ao ver do PSB, as melhores condições e agrega forças políticas e sociais. A sociedade brasileira precisa vencer o bolsonarismo, essa ameaça autoritária. A participação do PSB, na figura do Geraldo Alckmin, será muito importante, será marcante para o setor político, que entendemos como defensor de uma frente ampla”, disse.

Siqueira acrescentou que é necessário “criar um movimento em torno da candidatura de Lula, um movimento que seja o mais amplo possível e reúna todos os setores sociais, políticos e econômicos, dentro de uma perspectiva de mudança que permita assegurar o retorno à plenitude democrática, mas um retorno que também traga uma ressignificação da democracia brasileira”.

“A democracia não pode ser apenas uma palavra vazia, tem que ser uma palavra que faça com que a população se sinta verdadeiramente participando”, completou.

O vice-governador Geraldo Alckmin agradeceu a confiança que o PSB depositou em seu nome e comentou a possibilidade de compor uma chapa com o ex-presidente Lula, a quem irá “somar esforços para recuperar emprego, renda e criar oportunidades de combater essa carestia absurda em que o Brasil se encontra.”

“Estamos vendo nossa realidade e não é hora de egoísmo, é hora de generosidade e grandeza política, desprendimento, união. Não há parte solitária na política, a força da política é centrípeta e nós vamos somar esforços para reconstrução do nosso país”, anunciou.

Para Alckmin, é necessário redemocratizar o Brasil e reconstruir as instituições. “Nós vemos hoje um governo que atenta contra a democracia, contra as instituições. O que melhor define as ações que vão vir é a reconstrução das instituições, o inverso disso é a autocracia, o governo como eu quero, como eu faço, por cima da lei, da vontade própria. O resultado disso é a maior crise que já enfrentamos nas últimas décadas, violência, miséria”, afirmou.

O ex-governador se colocou à disposição para integrar a chapa presidencial “com honra e entusiasmo”. “Esse é o empenho que quero somar os meus esforços ao presidente Lula e a todos para gente recuperar emprego, renda, oportunidade para as pessoas e para a população ter dias melhores”, disse.

Em seu discurso, o ex-presidente Lula agradeceu à Direção Nacional do PSB pela proposição de Alckmin e afirmou que a relação de luta pela democracia e melhoria de vida da população entre os dois partidos é histórica. “Nós conseguimos mostrar às forças políticas do Brasil que é plenamente possível duas forças que têm projetos diferentes, que tem princípios iguais, podem se juntar na hora que o momento é de interesse do povo brasileiro”.

Para ele, a aprovação do nome do socialista para vice-presidente é certa e que ambos vão juntar suas experiências na política e os compromissos que têm a favor do país para ganhar as eleições e recuperar o país de todas as crises.

“Estamos dando uma demonstração muito forte ao Brasil e colocando juntos as nossas experiências, a vontade de lutar e a luta histórica do PSB junto com o PT pra gente recuperar o Brasil para o povo brasileiro e aos olhos do mundo”.

Lula também criticou a atual polarização política baseada no ódio e não no respeito mútuo entre os adversários como era antigamente. “Hoje, temos uma política de ódio pré-estabelecida em que o adversário é inimigo, o adversário não é para ser vencido, é para ser abatido”, disse.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, agradeceu a indicação do PSB e destacou que irá levar o nome de Alckmin para a deliberação da Direção Nacional do seu partido. “Nós recebemos com muita alegria e carinho a indicação do PSB. E repetindo o que o governador Geraldo Alckmin disse na sua filiação ao PSB, em que eu estive junto, ‘todos nós temos lealdade com o futuro do país’ e é isso que nos move a fazer esse grande movimento que estamos começando a consolidar aqui”, afirmou.

CARTA DE PROPOSIÇÃO

Em uma carta de formalização da proposição do nome de Geraldo Alckmin, o PSB reconhece que a disputa eleitoral deste ano “não está propriamente relacionada aos embates de natureza histórica entre esquerda e direita”, mas sim a um confronto entre democracia e o autoritarismo. O partido, então, ressalta que “para fazer frente às ameaças concretas e objetivas que o momento apresenta” será restabelecida a parceria antiga entre PSB e PT com a indicação de Alckmin para compor a chapa presidencial com Lula.

“Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo. Para somar potência e amplitude à resistência contra o autoritarismo que será liderada pelo companheiro Lula, o PSB propõe para compor a chapa o nome do companheiro Geraldo Alckmin”, pontua o texto.

A carta destaca a “vida pública longeva e honrada, a perseverança na defesa da democracia e das práticas que lhe correspondem, o equilíbrio daqueles que acreditam no diálogo entre diferentes, a tranquilidade dos que almejam o bem público” como sendo qualidades conhecidas e reconhecidas de Alckmin para alçar o posto de vice-presidente da República.

O PSB afirma ainda que a proposição não se limita ao aspecto eleitoral, mas envolve uma dimensão programática na qual irá contribuir, por meio do seu processo de Autorreforma, para corresponder às perspectivas das forças que compõem uma frente ampla, tanto em termos político-partidários, quanto no que se refere aos segmentos da sociedade civil.

Leia a íntegra da carta AQUI.

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