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Estudos apontam que Bolsonaro e Guedes afundam a economia brasileira


Foto: Reprodução

Quando paramos para analisar a situação da economia brasileira, vemos uma amostra do completo fracasso de um projeto de remodelação da economia nacional, pautada na mais completa desorganização. E o reflexo desse insucesso encabeçado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, é exibido em dados.

Segundo o estudo elaborado pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP) sobre a fome no Brasil aponta evidente piora da situação desde a vigência do governo Bolsonaro, em contraponto à expressiva melhora, especialmente a partir de 2004, segundo ano do primeiro mandato do ex-presidente Lula. O material abrange o histórico de 75 anos do tema no país, quando o médico e pesquisador Josué de Castro passou a estudar o fenômeno como consequência de ações humanas e políticas.

“Os avanços e recuos no combate à fome são consequência direta do modelo econômico e da construção de políticas públicas”, apontam os pesquisadores. Pela primeira vez neste século, mais da metade dos brasileiros vivenciam algum grau de insegurança alimentar. Para entender este fenômeno, a FSP-USP inclui no estudo os hábitos alimentares dos brasileiros.

Segundo dados do IBGE, 55% da população do país sofre atualmente com incertezas sobre como obter alimentos para as refeições. Destes, 10% convivem diariamente com a falta de comida. “A partir dos últimos anos da década passada, a insegurança alimentar voltou a crescer no Brasil. A fome está presente como nunca nas capas de jornais e reportagens do noticiário. São relatos e imagens diárias de brasileiros com pratos vazios, procurando ossos descartados ou revirando o lixo”, relatam os pesquisadores.

“A fome existe e é extremamente degradante. Entretanto, ela não é a única manifestação do fenômeno – e nem é a mais comum. Os brasileiros que estão expostos à insegurança alimentar muitas vezes têm algum tipo de comida no prato, mas frequentemente sem a diversidade ou a quantidade necessária”, completam.

Economia a favor dos banqueiros

A recente pesquisa sobre “Conjuntura Política e corrupção financeira” realizada pelo Instituto Conhecimento Liberta (ICL), que ouviu 2.685 pessoas, entre os dias 10 e 26 de novembro, também revela que o governo Bolsonaro desfavorece os trabalhadores. 51% dos brasileiros acham que Bolsonaro prejudica os trabalhadores, 69% que favorece os grandes empresários e 68% que atua em benefício dos banqueiros.

Coordenado pelo sociólogo Jessé de Souza, ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o estudo mostra ainda que 43% dizem que não há nada a ser elogiado no governo – 28% citam o combate à corrupção.

A economia é o ponto mais frágil da gestão de Bolsonaro: para 40% dos entrevistados não há nada de positivo na política econômica conduzida pelo ministro Paulo Guedes. Apenas 27% citam a ajuda financeira para a população mais pobre.

Para 90% os mais pobres são os que mais sofrem com a crise econômica, que é reconhecida por 86%.

Os maiores problemas na área são o custo de vida/política de preços (45%), inflação (43%) e deficiência na geração de empregos (39%).

Corrupto e incompetente

Guedes é avaliado como ruim ou péssimo por 41% – 23% acham sua gestão boa ou ótima. Metade dos entrevistados consideram o ministro corrupto (30% acham que é honesto) e 52% acreditam que é incompetente.

A atuação de Guedes é vista como a favor principalmente dos mais ricos (60%) e dos bancos privados (57%).

Apenas 13% das pessoas disseram que conhecem o caso Pandora Papers, que revelou que o ministro mantém uma offshore milionária em paraíso fiscal.

Entre os entrevistados, no entanto, 70% acreditam que Paulo Guedes se beneficiou das decisões tomadas no ministério e 80% concordam com a proposição de que “o envio de dinheiro dos mais ricos para paraísos fiscais prejudica o Brasil porque faz com que menos impostos sejam arrecadados aqui” – 76% condenam a prática.

Em relação à corrupção, 61% dos pesquisados acreditam que o problema aumentou nos governos do PT e 44% acham que houve aumento durante o governo de Bolsonaro – 80% acreditam que há corrupção tanto no setor público quanto no privado.

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