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Após pedidos de punição por fala racista, PSB de São Paulo desfilia vereador Camilo Cristófaro

O PSB de São Paulo desfiliou o vereador Camilo Cristófaro após forte reação e pedidos de punição de socialistas, que repudiaram a fala de cunho racista do parlamentar.

Durante sessão da CPI dos Aplicativos da Câmara Municipal de SP, nesta terça-feira (3), foi possível ouvir conversa em que Cristófaro diz “não lavaram a calçada. É coisa de preto, né?”. Ele participava virtualmente do encontro.

Cristófaro foi desfiliado do PSB antes mesmo de o diretório estadual acolher denúncia e instalar procedimento de investigação e julgamento contra o parlamentar. Como o processo de expulsão levaria mais tempo, com direito a contraditório e ampla defesa, o presidente estadual Jonas Donizette aceitou pedido de desligamento encaminhado pelo vereador no dia 28 de abril.

A fala racista do deputado provocou forte protesto de socialistas e pedidos de punição. Os deputados federais Danilo Cabral (PE), Marcelo Freixo (RJ) e Milton Coelho (PE) ingressaram com uma representação na Comissão de Ética do partido na qual pediram a expulsão do parlamentar.

Na representação, os deputados classificaram a conduta do vereador como “incompatível com o decoro e a ética partidária”. “[…]Além de criminosa, tal conduta [de Cristófaro] afronta o programa do PSB, bem como o Estatuto e o Código de Ética do partido. Trata-se de comportamento incompatível com o decoro e a ética partidária exigida como conduta para qualquer militante, e, sobretudo, àqueles que ocupam funções públicas representando a legenda”.

Em nota de repúdio assinada pela presidente municipal Tabata Amaral, a Comissão Executiva de São Paulo manifestou apoio à apuração do comportamento do vereador e punição resultante de processo “legítimo” junto ao diretório estadual.

“Como um partido que luta por justiça social e igualdade de oportunidades, é dever do PSB exigir que os seus quadros atuem de forma coerente. Falas e ações racistas devem ser responsabilizadas com seridade”, defende a nota.

A Negritude Socialista Brasileira (NSB) classificou a fala do vereador como “racista e criminosa”, defendeu a punição do parlamentar e disse que daria suporte para que as instâncias competentes tomassem as devidas providências. “Lamentamos que a população negra de São Paulo e brasileira tenha que passar por mais um ato racista em seu cotidiano. Reiteramos o nosso compromisso com a luta antirracista e o enfrentamento extremo ao racismo estrutural […]”.

Assessoria de Comunicação/PSB nacional

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